Não só praia: as cidades mais bonitas do Algarve
O Algarve não é só praia. Confira quais são as cidades mais bonitas do Algarve que não ficam no litoral mas que merecem um passeio e quem sabe uma estadia para fugir do corre-corre.
O Algarve é uma daqueles destinos famosos quase exclusivamente por um motivo: as praias paradisíacas. Não é pouco, é verdade, mas se você vai visitar a região com uma certa calma, vale a pena incluir um rolê de fim de tarde nas cidades do interior, bem mais autênticas e tranquilas.
Se o seu hotel ou pousada fica no litoral, em cidades como Albufeira ou Lagos, como é provável, não é inviável dar uma esticadinha de poucas horas até o interior, com direito a jantar nas tascas tradicionais que ficam por lá.
As opções são muitas, algumas próximas ao litoral e outras nas suaves colinas da Serra de Monchique. É bom saber que no interior do Algarve, não tem agito noturno e os restaurantes fecham cedo.
Aí vão os meus pitacos.
Leia mais aqui no blog | As melhores praias do Algarve
As cidades mais bonitas do Algarve…que não ficam na praia
Como sempre montar lista é complicado porque depende do gosto de cada um… Tentei incluir os vilarejos mais pitorescos que não ficam muito longe da praia para facilitar o seu deslocamento.
Além dos vilarejos citados, há muitos outros, até mesmo no litoral que valem a pena, como por exemplo Tavira e Ferragudo. Fica a dica!

O vilarejo de Silves
Silves, a antiga capital do Algarve
Como não colocar na lista esse pequeno tesouro chamado Silves, a somente 15 km da badalada Portimão? Eu não resisti e fui até lá conferir se realmente era uma das cidades mais bonitas do Algarve.
O vilarejo é pequeno mas muito pitoresco. Durante a dominação dos mouros, Silves era um influente centro comercial e cultural, localizado estrategicamente às margens do Rio Arade. Permaneceu como capital do Algarve até o século XIV, mas aos poucos, por causa do assoreamento do Rio Arade e do crescimento econômico do litoral, a cidade entrou numa fase de decadência.
A melhor testemunha da antiga importância de Silves é o seu belíssimo e muito bem conservado Castelo, construído no século XI. Destaque para a estátua de Dom Sancho I que reconquistou a cidade.
Outras paradas obrigatórias no centro histórico são a Sé de Silves, igreja construída em meados de 1200, e a Praça do Município.
Um pouco mais afastadas do centro ficam a Praça Al Mouhatamid Ibn Abbad, onde os vestígios da dominação árabe ainda são bem visíveis, e a Ponte de Silves, construída no século XV.

O castelo de Silves
Sagres, o fim do mundo
A lendária Sagres fica na ponta sudoeste de Portugal. Pra falar a verdade, Sagres não fica no interior, mas achei que um vilarejo – outrora considerado o “fim do mundo” – não podia falta nessa listinha das cidades mais bonitas do Algarve kkkk…
A história de Sagres nos lembra imediatamente a Era dos Descobrimentos e a antiga fortaleza, construída entre os séculos XI e XVIII, e que hoje proporciona uma vista panorâmica matadora da costa algárvia.
O vilarejo é bem pequeno e completamente diferente das badaladas cidades do litoral leste. O ritmo é de veraneio, as acomodações e os bares são mais simples. Mas eu adorei…e…se um dia voltar, ficaria uns dois ou três dias por lá.
Não muito longe fica o icônico Cabo de São Vicente – o ponto mais ao sudoeste da Europa – e um dos lugares mais lindos de Portugal na minha humilde opinião.
A visita ao vilarejo combina bem com uma dia de praia na extremidade oeste do Algarve ou na Costa Vicentina, muita frequentada por surfistas do mundo inteiro.
Tente visitar Sagres e o Cabo de São Vicente no final da tarde para presenciar o maravilhoso pôr do sol.
Leia mais aqui no blog | As praias da Costa Vicentina

Vista panorâmica do Cabo de São Vicente
Loulé e o Castelo
A antiga cidadezinha fortificada, a 20 km de Faro, foi outro importante centro econômico durante a dominação moura. Hoje Loulé vive de turismo mas ainda mantém os ares típicos de cidade de interior.
A largada do roteiro a pé pode ser o pitoresco Mercado Municipal, na Praça da República, onde encontrar produtos típicos portugueses, como enlatados, frutos de mar, frutas e verduras. Ao lado ficam a Torre do Relógio e a Câmara Municipal.
O passeio continua no centro histórico até o Castelo do século VIII, que hoje abriga o Museu Municipal de Arqueologia, e a Igreja Matriz de São Clemente, do século XIII, construída no local da antiga mesquita.
Monchique e a gastronomia serrana
Mais uma cidade agradável que pode ser visitada em pouco tempo passeando entre o casario branquinho e as chaminés típicas.
As principais atrações são a Igreja Matriz de Monchique, do século XVI, e o Convento de Nossa Senhora do Desterro. Não perca as estreitas ruas da vila e casario branco. Quem tem tempo, pode visitar também o topo de Fóia para curtir o panorama mas eu não cheguei a ir.
Monchique combina com um almoço ou jantar para experimentar a gastronomia da famosa Serra de Monchique, como a “asssadura”, ou carne no espeto, e a couve à Monchique, ensopado de carne de porco, morcela (chouriço de sangue) e couve.

Fachada típica de Monchique
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