Marzamemi: pit stop colorido entre Siracusa e Ragusa

Janelas coloridas, mar cristalino, bares pé na areia, frutos do mar, bom vinho. Esse é o resumo da fotogênica Marzamemi, famosa cidadezinha de praia siciliana que vai te conquistar.

A Sicília, todo mundo sabe, é sinônimo de história, gastronomia e cordialidade.  Mas nessa listinha ficou faltando um detalhe que vai dar aquele toque mediterrâneo no seu roteiro: uma paradinha nos antigos vilarejos de pescadores. São tantos, na verdade, que escolher um só é praticamente impossível.

E Marzamemi, entre as barrocas e suntuosas Siracusa, Noto e Ragusa, entra de cabeça erguida em qualquer roteiro por aqueles lados. É o típico destino de veraneio que tem tudo para agradar: água azul-turquesa, pôr do sol inesquecível, centrinho colorido e comida gostosa.

Se puder evite agosto: não deixe que hordas de turistas estraguem aquele sossego que você estava procurando para fechar com chave de ouro o seu roteirão siciliano.

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Marzamemi, resista se puder


Marzamemi

As fachadas charmosas de Marzamemi


Sobre Marzamemi

Marzamemi é um antigo vilarejo de pescadores, debruçado preguiçosamente nas águas cristalinas do Mediterrâneo. O nome tem origem árabe: marsà al hamen (baía das rolinhas) ou, na opinião de outros, marza (porto) e memi (pequeno).

A cidade foi um importante centro de pesca de atum e, ainda hoje, existe uma parte da “tonnara” (local de processamento do pescado), a segunda maior da Sicília, construída em 1600 durante o domínio espanhol.

Nos últimos anos, a pesca foi substituída pelo turismo praiano, muito apreciado por quem gosta de curtir praia ficando perto de um centro histórico pitoresco.

A cidade é bem pequena e não há monumentos importantes a serem vistos. A melhor atração é justamente o conjunto de ruelas, fachadas coloridas e a pitoresca Piazza Regina Margherita. Um clichê? Talvez. Mas é um clichê que encanta, que exala aquele charme mediterrâneo, em tons de azul e branco. Dá vontade de sentar na praça ou no calçadão da praia e bebericar um suco gelado de laranja siciliana ou um bom vinho.

Na praça, vale destacar:

  • as duas igrejas, praticamente uma de frente para a outra;
  • o palacete Principe di Villadorata, proprietário da “tonnara”, construído em meados de 1700;
  • as casas dos pescadores (hoje em dia lojas, restaurantes ou pousadas). As casinhas são baixas com portas e janelas coloridas, a entrada é enfeitada com vasos de cerâmica, típicos da Sicília.
Principe di Villadorata

O palacete Principe di Villadorata


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A pracinha de Marzamemi


Por trás da praça, fica o pequeno porto e a “tonnara”. No calçadão (Largo Balata) ficam alguns bares e restaurantes. A vista é encantadora e vale uma parada.

Como tudo na vida, até Marzamemi tem um lado negativo, como escrevi lá em cima. É muito turística… e para degustar o encanto da cidade e o sossego da praia é melhor visitá-la durante a primavera (abril-junho), primeira quinzena de julho ou no outono (setembro-outubro). Agosto não é uma boa ideia até porque tudo é caro.

Em junho e setembro dá perfeitamente para ir à praia e dar um mergulho no marzão cristalino. Achei muito bonita e agradável a praia de Spinazza, a 5 minutos a pé do centro histórico, à esquerda.  À direita fica a praia de Starrabba, mas na minha opinião, menos legal.

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O mar cristalino da praia de Spinazza em Marzamemi


Quem está de carro pode esticar até a Reserva Natural Vendicari, onde ficam algumas das melhores praias sicilianas (e da Itália, na minha opinião). A 15 km de Marzamemi fica a praia de Calamosche, uma das mais bonitas da Reserva.

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Praia Calamosche na Reserva Natural Vendicari


Além das famosas Noto, Ragusa e Modica, pertinho de Marzamemi fica Avola, uma cidade “nada demais” mas que produz o famoso vinho siciliano “Nero d’Avola“. Achei que não vale a pena parar em Pachino, ao lado de Marzamemi, conhecida pelo cultivo do delicioso “Pomodoro di Pachimo” (tomate de Pachino).

Como chegar em Marzamemi

Marzamemi fica entre Siracusa (53 km), Noto (20 km) e Ragusa (60 km), as cidades barrocas do sul da Sicília tombadas pela UNESCO.

A maneira mais prática para ir até lá é de carro passando pela rodovia A18 com saída em Noto. Os estacionamentos ficam fora do centrinho e precisa ir até lá a pé (5 minutos).

Apesar de ser um pouquinho mais complicado, dá pra chegar lá de ônibus saindo de Siracusa, Avola ou Catania (com a companhia Interbus). Ou de trem até Noto, e em seguida de ônibus.

Aqui no blog, tem mais sobre a Sicília. É só conferir. E se não vai dar para visitar a Sicília por enquanto, no problem. Vou deixar pra você umas dicas certeiras sobre algumas praias brasileiras que merecem uma visita.

O blog Olívia por aí publicou uma lista das 20 melhores praias do Brasil. Se o seu destino é o Rio de Janeiro, no blog Uma Senhora Viagem tem dicas sobre a praia de São Gonçalo e arredores, e sobre Itacoatiara no blog Imagina na Viagem.

E como deixar de lado o Nordeste? No Turista Full Time você vai achar dicas sobre as praias de Fortaleza e arredores.

Bom passeio e até a próxima!

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6 respostas
  1. Lilian Azevedo says:

    Ha tempos desejo visitar a Sicilia e quando chegar a hora quero me dedicar a cada cantinho pois sei que lã tudo e lindo. Ja me imagino sentada em uma praca admirando as portas e janelas coloridas, fotografando as ceramicas com flores e bebendo uma soda italiana. Qualquer setembro desses estou chegando ! amei Marzamemi.

    Responder
  2. Olivia says:

    Marzamemi, não conhecia e já me apaixonei. Eu amo a Itália, mas não conheço essa região. Conheci, no quesito praia, na Itália, Rimini, e achei bem interessante, assim como em Barcelona, a estrutura de praias deles, que é bem diferente aqui no Brasil. Já anotei e entrou para a lista de desejos.
    beijos

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  3. Marina says:

    Que espetáculo, Adelaide! Nunca tinha ouvido falar em Marzamemi, e estou encantada! Me lembrou as praias da Puglia, naquele litoral entre Taranto e Leuca (que amo!). Um dia ainda desço até a Sicilia – tá nos planos faz tempo! – e, com certeza, agora Marzamemi não vai faltar no roteiro. =) Amei!

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    • Adelaide says:

      Olá Marina,
      Marzamemi é uma graça, eu adorei. Estive lá em agosto, em pleno verão. Cores maravilhosas.
      Melhor ainda se você for em junho ou setembro.
      Até a próxima!

      Responder

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