Viagem pós-pandemia: o dilema da hospedagem


A escolha do tipo de hospedagem será um dos maiores desafios da viagem pós-pandemia. Não será fácil compatibilizar baixo risco de contágio, bons serviços e custo acessível.

É bom re-re-relembrar que atualmente, em julho 2020, no Brasil e em muitas partes do mundo, não é aconselhável viajar para lugar nenhum. Seguro morreu de velho e a melhor opção é ficar em casa aguardando a pandemia passar.

Mas, mesmo quando será possível viajar, por um certo período de tempo, teremos que tomar muitas precauções. Uma delas, talvez a mais complicada, diz respeito à hospedagem.

Esse aspecto é tão importante que as grandes redes hoteleiras e as plataformas de hospedagem compartilhada tipo AirBnB já estão adotando protocolos de higiene e reorganizando os serviços aos hóspedes, divulgando todos os detalhes nos sites oficiais e nas mídias sociais. A ideia é tranquilizar os viajantes que, por enquanto, com razão, ainda estão receosos.

Leia mais | Como escolher uma hospedagem com AirBnB

Viagem pós-pandemia: como escolher hospedagem

Certas escolhas são muito pessoais. Eu, por exemplo, uso muito o Airbnb porque gosto de entrar nos bastidores da cidade: fazer compras no supermercado, ter a liberdade de cozinhar quando é possível, vivenciar o dia-a-dia dos locais, trocar umas palavrinhas com o anfitrião…

Mas há viajantes que detestam ficar em apartamento alheio, mesmo quando de uso exclusivo, e não trocam um quarto de hotel por nada nesse mundo.

A hospedagem pós-pandemia, no entanto, não será só uma questão de gosto (e bolso) e vai ficar um pouco mais complicada. Não é aconselhável escolher uma acomodação somente levando em conta o preço, o conforto e a localização. Antes de tudo, temos que considerar o risco sanitário.

Daqui pra frente, a higienização deve ficar no topo dos nossos critérios de escolha, juntamente com a necessidade de  manter o distanciamento social durante a estadia.

Talvez a grande vantagem do hotel – em relação ao aluguel de um apartamento – é que esteja já “aparelhado” para adotar medidas de higiene padronizadas e aprovadas por organizações oficiais como a OMS. O fator fiscalização interna, muito comum principalmente nas grandes redes hoteleiras, também ajuda.

Sabendo disso, o Airbnb também preparou um Protocolo de Higienização válido em vários países, incluindo o Brasil. Na prática, é uma ferramenta on-line que ajuda o anfitrião a preparar o alojamento seguindo medidas de prevenção específicas, elaboradas em parceria com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos.

As medidas incluem a desinfeção dos espaços, das superfícies, da roupa de cama e banho e a recomendação de deixar o alojamento vazio durante 24 horas entre uma reserva e outra.

Nesse caso, no entanto, a fiscalização não existe. Valem os depoimentos dos hóspedes que podem ser consultados na plataforma e que devem ser lidos antes de qualquer reserva. Dando uma olhada nos anúncios do Airbnb tenho notado que alguns oferecem toalhas, lençóis e talheres embalados para aumentar a percepção de higiene e segurança sanitária.

Não deixe de verificar também, nos dois casos, os custos adicionais devidos à higienização. É aceitável um pequeno retoque no preço da diária mas o hóspede não deve arcar com as consequências da pandemia pagando o dobro por um café da manhã.

E a nossa postura como hóspede? Fazer uma boa escolha já que não podemos conferir pessoalmente. Antes de tudo verificar se nos sites dos hotéis e no anúncio do Airbnb as medidas de prevenção à Covid-19 estão bem visíveis e se há comprometimento no respeito de cada uma delas. Mas podemos verificar outros pequenos detalhes. Confira abaixo.

Mais informações no site do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano | Centers for Disease Control and Prevention

viagem pós-pandemia

A nossa viagem pós-pandemia deveria ser em lugares tranquilos e seguros


Alguns pitacos sobre o que devemos verificar

Se você ficar em hotel ou pousada, é aconselhável verificar nos sites oficiais ou nos depoimentos dos hóspedes se as seguintes medidas estão senso adotadas:

  • distância mínima entre hóspedes e membros do staff nas áreas comuns (recepção, salões, restaurantes);
  • limitação de acessos em piscinas, restaurantes, academia, etc;
  • luvas e álcool gel à disposição dos hóspedes no hall do hotel;
  • medição de temperatura na entrada;
  • uso obrigatório de máscara (hóspedes e funcionários) nos espaços comuns;
  • procedimento seguro de check in e check out (automático ou com uso de luvas para o pagamento com cartão de crédito);
  • possibilidade de room service (melhor ainda se sem custo adicional) quando o restaurante é pequeno;
  • lenços umedecidos antissépticos descartáveis nos quartos;
  • protocolos de higienização para as piscinas e superfícies tocadas com frequência (maçanetas, elevadores).

Na minha modesta opinião o principal problema da hospedagem em hotéis é o distanciamento social. Sabemos que é uma medida complicada durante as férias, principalmente em piscinas e restaurantes.

Exatamente por isso, na nossa viagem pós-pandemia, não seria uma má ideia alugar um espaço inteiro e exclusivo para passar as férias. Nesse caso, podemos reforçar a limpeza por conta própria, com desinfetantes a nossa escolha. É uma chateação, eu sei, mas infelizmente será necessário. É claro que algumas das medidas acima devem ser conferidas também no caso de aluguel.

Uma cozinha própria a nossa disposição facilita ainda mais o distanciamento social, além de ser uma mão na roda em destinos sem muita infraestrutura, como praias e localidades serranas. Por falar nisso, no verão europeu 2020, a viagem pós-pandemia é principalmente voltada ao turismo local e longe de cidades grandes. Melhor ainda se pode ser feita de carro.

Resumindo | verifique com cuidado as medidas de prevenção antes de reservar e reserve somente se houver cancelamento sem custos. Acompanhe o andamento do contágio no destino e as restrições em vigor para evitar perrengues.

Vamos viajar com segurança! Nenhum destino vale quanto a nossa saúde!

Leia mais aqui no blog | Como viajar depois da Covid-19

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Hospedagem pós-pandemia


 

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