catedral de Milão

Visita à Catedral de Milão: dicas e curiosidades

A Catedral de Milão é uma opções de “staycation” preferidas dos milaneses e o único monumento da cidade que você não pode deixar de visitar. Confira tudo o que você precisa saber para planejar o seu roteiro. 

Na capital italiana da moda, o marco da cidade não tem nada tem a ver com a moda: é a Catedral ou, como é mais conhecida, o Duomo.

É a maior igreja da Itália e a maior igreja gótica do mundo… mas para os milaneses é a igreja das missas solenes, um lugar de encontros e a atração dos passeios nos domingos à tarde. Eu mesma, quando quero turistar em Milão, onde moro, passo na frente e entro para admirar a grandiosidade da obra. Na minha opinião, é o monumento mais bonito da cidade (e um dos mais bonitos da Itália). Resumindo: imperdível.

ÍNDICE DO ARTIGO

catedral de Milão

Dentro da catedral


Sobre a Catedral

A catedral foi iniciada em 1386 e levou quase 500 anos para ser concluída, envolvendo dezenas de arquitetos e engenheiros não só italianos mas de vários países europeus. A fachada, para dar uma ideia, foi concluída no início do século 19, na época da coroação de Napoleão Bonaparte como rei da Itália.

Um dos ditados mais comuns em Milão é “demorado como a construção do Duomo”.

O resultado é uma obra-prima em estilo gótico, com características pouco comuns na Itália. Na verdade, o estilo não é o gótico “puro” que encontramos em outras igrejas europeias porque, ao longo dos séculos, o projeto foi modificado inúmeras vezes e absorveu traços neoclássicos e neogóticos. Dizem que até Leonardo da Vinci e Bernini deram pitacos no projeto.

A construção foi supervisionada e financiada pela Veneranda Fabbrica, instituição fundada em 1387  pelo duque de Milão, Gian Galeazzo Visconti, e até hoje responsável pela administração e angariação dos recursos para a manutenção da catedral.

As dimensões são impressionantes: 157 m de comprimento, 109 m de largura, cinco naves com uma altura que chega aos 45 metros e 52 pilares. Pode abrigar até 40.000 pessoas!

Contrariamente a tradição arquitetônica da época, a catedral não foi construída em tijolos avermelhados mas com mármore de Candoglia, cidadezinha piemontesa a pouco mais de 100 km de Milão, cuja jazida é ainda hoje em atividade e utilizada para as reformas da catedral. Durante séculos o mármore foi transportado até Milão por via aquática, utilizando o canal Naviglio Grande – ainda hoje existente – e uma rede de pequenos canais (atualmente subterrâneos) que chegavam até poucas centenas de metros da catedral.

Leia mais | Os canais de Milão

Catedral de Milão

Os pilares da catedral de Milão


Curiosidades sobre a Catedral de Milão

A Catedral de Milão tem um currículo repleto de recordes mas as curiosidades também não ficam por menos:

  1. Na fachada da catedral há uma “estátua da liberdade“! Antes de entrar, observe a estátua, esculpida em 1810, que fica em cima do portão principal, do lado esquerdo. A semelhança  com a famosa estátua nova iorquina é incrível. Dizem que foi até um plágio porque foi construída quase 80 anos depois da versão milanesa!
  2. Dizem também que a catedral é a construção com o maior número de estátuas do mundo: são mais de 3.400, além de 700 esculturas, algumas com aspecto monstruoso e demoníaco, e 135 gárgulas;
  3. A estátua mais famosa e amadíssima pelos milaneses é “La Madoninna” que representa Nossa Senhora Virgem Maria, folheada em ouro e colocada no alto da catedral em 1774 (e que funciona também como para-raios);
  4. Outra estátua famosa é o lendário dragão Tarantasio, esculpido na fachada. Reza a lenda que, entre os séculos XII e XIII, esse gigantesco monstro terrorizava a população de num lago localizado não muito longe de Milão;
  5. No piso da catedral tem uma meridiana (linha em bronze) projetada em 1768 usada até a metade do século XIX como referência para todos os relógios da cidade;
  6. Inicialmente a Catedral de Milão era um templo celta;
  7. Napoleão Bonaparte foi coroado Rei da Itália no dia 26 de maio de 1805 na Catedral de Milão;
  8. Acredita-se que um dos pregos usados na crucificação de Jesus encontra-se, desde 1461, na catedral (um pontinho vermelho na abside mostra onde, segundo a tradição, está guardada a relíquia). Todos os anos, desde 1500, em meados de setembro, o prego santo é transportado por uma cesta suspensa até o altar e lá fica por três dias;
  9. É a única igreja do mundo cujo teto é completamente visitável (a pagamento),
  10. Os restos das antigas igrejas de Santa Maria Maggiore e Santa Tecla que deram origem à catedral podem ser vistos no setor arqueológico da catedral (visita incluída no ingresso completo, leia abaixo)
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Estátuas na fachada da Catedral de Milão


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Detalhes da fachada


Informações gerais sobre a Catedral de Milão

Horários | todos os dias, das 09h00 às 19h00 (ultima entrada às 18.10).

Tipos de ingressos

Catedral (só nas quartas) = 7,00 euros

Catedral + Museu = 8,00 euros

Terraço (escadas com 250 degraus) = 10,00 euros

Terraço (elevador) = 15,00 euros

Catedral + Museu + Terraço (elevador) = 22,00 euros

Catedral + Área Arqueológica + Museu + Igreja de San Gottardo = 10,00 euros

Catedral + Museu + Terraço (escadas) = 15,00 euros.

Para maiores informações, visite o site oficial | Duomo di Milano


À procura de mais ideias de staycation? Dá um pulinho nas post abaixo para descobrir como viajar sem sair da cidade.

No Rio de Janeiro: Walking tour no centro do Rio pelo blog Turista FullTime e Rio de Janeiro nas férias pelo blog Olívia Garimpando por Aí

Em Niterói: Passeio na Fortaleza de Santa Cruz da Barra no blog Uma Senhora Viagem

Em Belo Horizonte: Exposição Os Gêmeos no Centro Cultural do Banco do Brasil no blog Destinos por onde andei


6 respostas
  1. Olivia says:

    Adelaide, adorei as dicas e curiosidades sobre a Catedral de Milão. E imagino como a catedral deva ser visitada, tanto por turistas, quanto por moradores. Eu particularmente sou fã dessa modalidade “staycation”, e imagino que numa cidade belíssima como Milão isso seja bem comum e é muito justo que seja. Mesmo eu já tendo visitado, seu post me trouxe muita coisa que não sabia. Então é claro que vou precisar voltar a Milão, espero que não como turista e sim como moradora e fazendo “staycation” hehe

    Beijos

    Responder
  2. Regina Oki says:

    Oi, Adelaide! Que maravilha de post… e como uma descrição minuciosa faz toda a diferença. Quando estive em Milão e visitei o Duomo perdi muitos detalhes, simplesmente, por desconhecê-los. Achei fantástica a sua descrição sobre a fachada (especialmente a questão das estátuas). Fiquei com uma vontade incrível de voltar só para conferir tudo o que você descreveu. E para conhecer o terraço, que ficou de fora da minha visita. Grande abraço!

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  3. Lilian Azevedo says:

    Milão é uma cidade que oferece várias opções interessantes de staycation.
    Já estive na cidade 3 vezes e pude apreciar de perto a maravilhosa Catedral de Milão.Espero, em breve, retornar e conseguir visitar o terraço. Ótima dica para viajar na cidade de Milão. Beijocas

    Responder
  4. GISELE PROSDOCIMI says:

    Fiz duas vezes a visita à Catedral de Milão, realmente é uma das atrações mais interessantes e bonitas da cidade. Adoraria retornar, tem muita coisa para ver em seu interior e no Terraço, que infelizmente não conheci. Bom motivo para eu retornar à cidade, não é? rsrs…

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  5. Angelo Virgilio Junior says:

    Oi Adelaide, tudo bem. Mais um lindo passeio por Milão, o Duomo é magnifico em sua arquitetura interna e externa, muito foi tirado desta exuberante obra, para promover outros países europeus a utilizarem o gótico. Parabéns pelas curiosidades que vamos conhecer somente através de uma visita guiada.

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    • Adelaide says:

      Olá Angelo,
      a catedral de Milão é um documento muito bonito, coloco entre s mais bonitos da Itália. Até o estilo é sui generis, pouco comum.
      Até a próxima
      Abs

      Responder

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