O que fazer no Marco Zero em Recife
O que fazer no Marco Zero, um dos pontos turísticos e históricos mais importantes da cidade do Recife.
A Praça Barão do Rio Branco, mais conhecida como Marco Zero, é um dos lugares mais simbólicos de Recife porque remete à fundação da cidade e aos tempos gloriosos da época colonial quando era um dos principais centros econômicos do país.
Mas o que significa Marco Zero? Quais são as principais atrações? Vale a pena?
ÍNDICE DO ARTIGO
Sobre o Marco Zero
O Marco Zero é o ponto zero de todas as medidas oficiais das distâncias rodoviárias de Pernambuco, assinalado por uma placa colocada no chão da Praça Barão do Rio Branco, no Bairro do Recife.
Esse símbolo, no entanto, é relativamente recente. Na década de 90, o bairro passou por um processo de revitalização que modificou o desenho original da praça, transformando-a em um amplo largo. O antigo piso foi substituído por um grande painel em forma de rosa dos ventos realizado por Cícero Dias, artista pernambucano, e inspirado na tela Eu vi o mundo… Ele começava no Recife, de 1930, do mesmo artista.
Também foi alterada a posição do Marco Zero, o obelisco colocado no centro praça em 1938, pelo Automóvel Clube de Pernambuco, foi deslocado em outro ponto da praça, juntamente como a estátua do Barão do Rio Branco.

O símbolo do Marco Zero em Recife
O que fazer no Marco Zero?
O “Marco Zero” é um passeios preferidos dos recifenses, principalmente nos fins de semana… além de ter um dos melhores carnavais da cidade.
A praça às margens do porto velho, entre palacetes históricos e as antigas instalações portuárias, hoje convertidas para outros fins, mas que durante séculos foram usadas para o escoamento do pau-brasil e da produção açucareira. Enfim, um roteiro histórico que pode durar até 3 ou 4 horas se você quiser visitar as atrações e sentar para curtir a vista.
1. Conhecer o conjunto arquitetônico eclético
A praça e o bairro inteiro, já durante o domínio holandês (1630-1654), passaram por aterros e reformas radicais, com altos e baixos. Uma das mais importantes foi a reforma urbana do início de 1900, que deixou como legado um importante acervo arquitetônico eclético, tombado como patrimônio nacional pelo IPHAN em 1998, que assim justifica o reconhecimento:
Exemplar único, íntegro e híbrido da Paris de Haussmann no Brasil.
Nesse meio tempo o bairro passou por uma lenta deterioração e os antigos palacetes, símbolos da prosperidade recifense, foram aos poucos abandonados ou transformados em cabarés e até mesmo os boêmios renunciaram aos debates intelectuais nos botequins dos arredores.
A revitalização do bairro ressuscitou o casario da praça e muitos outros edifícios do bairro e hoje é possível aprecia-los e imaginar a beleza e a suntuosidade desse pedacinho da cidade.

Marco Zero e a pintura das rosa dos ventos
Os edifícios de inspiração eclética, construídos entre 1912 e 1915, que merecem destaque pelo valor histórico e arquitetônico são:
- Antiga sede do London & River Plate Bank: localizado entre as avenidas Alfredo Lisboa, Marquês de Olinda e Rio Branco, é um dos palacetes mais bonitos da cidade (o primeiro da esquerda para a direita). Passou muito tempo fechado mas hoje sedia a empresa informática In Loco que disponibiliza visitas guiadas (informações no local porque o site não está atualizado).
- Associação Comercial de Pernambuco: sede da associação; abriga importante acervo da memória do comércio pernambucano, como quadros, vitrais e uma coleção de livros e jornais (o segundo da esquerda para a direita). O edifício pode ser visitado mas consulte o site oficial para maiores informações.
- prédio da Caixa Cultural: inicialmente projetado como sede do Bank of London & South America Limited, em 1967 foi adquirido pela Bolsa de Valores de Pernambuco (terceiro edifício na foto de abertura). Hoje sedia a Caixa Cultural e organiza exposições. Consulte o site oficial para conferir a programação.
2. Visitar o Parque das Esculturas de Francisco Brennand
Exatamente na frente do Marco Zero, do outro lado do estuário, fica o Parque das Esculturas, uma exposição de mais de 90 (?) obras do escultor e artista plástico pernambucano Francisco Brennand, inaugurado em 2000 para comemorar os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil.
A obra mais famosa é a Torre de Cristal, com 32 metros de altura. Infelizmente fica difícil informar sobre as outras obras porque há anos o parque é alvo de roubos (sim, roubos) e atos de vandalismo. Algumas das obras mais interessantes foram estragadas ou roubadas, como a imensa Serpente de bronze de quase 20 metros de comprimento.
O parque é pouco fiscalizado e à noite é mal iluminado e pouco visível. Uma pena que o descaso do Poder Pública tenha mais uma vez subestimado o valor cultural e histórico dos monumentos da cidade.
Para chegar lá você pode pegar o barquinho que sai do Marco Zero ou ir de carro, moto ou bicicleta passando pela Avenida Brasília Teimosa, seguindo até o dique. Aconselho a quem vai de carro de verificar as condições do trecho da avenida que fica no dique. No local tem um pequeno estacionamento.

Parque das Esculturas
3. Curtir a vista e o pôr-do-sol no espaço Armazéns do Porto
Do lado direito da praça encontra-se Armazéns do Porto, um espaço de entretenimento e gastronomia, com várias opções de bares e uma vista excelente onde recifenses e turistas jogam papo fora nos fins de tarde e à noite.

A praça e o Armazém do Porto
4. Visitar o Centro de Artesanato de Pernambuco
Um amplo espaço instalado no antigo armazém 11 om exposição e venda de peças artesanais produzidas por artesãos pernambucanos.
O centro abre de segunda à sábado (9:00-19:00) e no domingo (10:00-16:00). Visite o site oficial para consultar os horários de atendimento atualizados.
Estacionamento no Marco Zero
Se você for de carro, precisa estacionar nas ruas laterais, na Praça do Arsenal ou no shopping Paço Alfândega (a 300 metros, passando pela pitoresca Rua da Moeda).
Pertinho do Marco Zero fica outro monumento maravilhoso: a Capela Dourada.
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