Como visitar o Algarve: dicas básicas


Pensando em conhecer um dos litorais mais bonitos, famosos e concorridos da Europa? Então fique de olho nas pegadinhas e descubra como visitar o Algarve sem transformar seu roteiro em um tour frenético de praias e mirantes sem direito sequer a molhar os pés nas águas cristalinas que estavam esperando por você.

Sobre o Algarve

O Algarve é aquele encanto que você já viu nas fotos das redes sociais. Com certeza é um dos lugares mais bonitos de Portugal e da Europa.

Mas… infelizmente ou felizmente, nos últimos dez anos, o Algarve virou um destino de massa que atrai turistas do mundo inteiro. Pra dizer a verdade, a região sempre foi turística, mesmo antes do último boom. Graças ao clima ameno durante o inverno e aos preços baixos, há décadas, o Algarve é o destino de estimação de milhares de aposentados europeus que adoram passar o tempo nos campos de golfe e bebericando nos resorts de luxo.

Mas se o Algarve é um destino de massa, deve ter um motivo. E tem. Mais de um, por sinal.

A beleza do Algarve tem poucos rivais na Europa. Ali, no sul de Portugal, encontram-se 300 km de praias encravadas entre rochedos e arcos naturais, cavernas, cidadezinhas cheias de charme no topo das falésias vermelho-fogo e por aí afora. Para não falar nas trilhas e nos mirantes que tiram o fôlego até de quem não gosta de praia.

Além de tudo, é fácil chegar lá porque tem aeroporto em Faro e Albufeira, uma das principais cidades da região, fica a 250 km de Lisboa, uma distância viável para uma viagem de carro.

O acesso às praias do sul é facilitado pela Ecovia do Litoral, a rodovia que liga Vila Real de Santo Antônio, na fronteira com a Espanha, até o Cabo de São Vicente, na extremidade sul do Algarve.

Leia mais no blog | As praias do Algarve

Praia da Marinha

A maravilhosa Praia da Marinha


Como visitar o Algarve sem perrengues

Todo mundo sabe que destino muito concorrido pode significar uma armadilha atrás da outra. E muitos aborrecimentos. O Algarve não é uma exceção e requer um bom planejamento prévio.

Confira 5 dicas básicas para garantir um passeio agradável e um roteiro descomplicado.

#1 Evite o auge do verão

Ou seja, julho e agosto. Estive lá no fim de agosto e garanto que as praias ainda estavam lotadas.

Não confie na própria sorte e nas fotos de praias desertas, porque no litoral sul do Algarve praticamente não existem praias famosas e sossegadas nesse período. O problema é sério principalmente nas praias pequenas durante a maré cheia porque não tem onde sentar. Sem exagero.

Os melhores meses são junho e setembro, quando as multidões voltam ao trabalho e à escola (e o clima está ameno).

Visitar praia no inverno ou no outono é questão de gosto. Eu não curto porque acho que praia não combina com frio, mesmo quando as temperaturas não são muitas baixas, como no Algarve.

#2 No verão, escolha praias e cidades tranquilas

Se a viagem inevitavelmente vai cair em pleno verão, a melhor saída para quem não curte agito é ficar longe das cidades mais badaladas como Albufeira, epicentro dos expatriados ingleses, e Lagos. Ou escolher praias amplas, tipo Copacabana, onde espaço não vai faltar.

Prefira cidades mais tranquilas como a elegante Vilamoura ou a singela Carvoeiro. As opções são muitas e a melhor escolha depende das praias que você quer visitar.

como visitar o Algarve

Carvoeiro: ótima base para visitar o Algarve


#3 Escolha uma base estratégica

A parte mais difícil do roteiro algarvio é a escolha de uma base prática para visitar a região sem muitos deslocamentos.  Acho inviável fazer um ponta-a-ponta se você vai ficar menos de uma semana.

Para facilitar a escolha, imagine que o Algarve seja formado por três grandes trechos:

Parte central entre Lagos e Vilamoura

No trecho ficam as icônicas falésias avermelhadas e as praias mais famosas, como por exemplo, Ponta da Piedade, Algar de Benagil, Praia de Dona Ana, Praia do Camilo, Praia do Carvalho, e muitas outras.

Lagos e Carvoeiro são ótimas bases para explorar a região, com ótima infraestrutura e próximas às praias mais bonitas. Eu gostei muito das duas porque apesar de turísticas não mais tranquilas de Albufeira.

Talvez Lagos seja mais prática em termos de deslocamento, além de ter um centro histórico ainda pitoresco e um apetitoso mercado municipal (dica para os leitores gourmet kkkk). Ficando em Lagos, algumas praias podem ser visitadas a pé, como a Praia da Batata, do Camilo e Dona Ana.

Mas se você não se incomoda em dirigir, nada impede de ficar num vilarejo pequenino e menos famoso como Alvor, a 25 km de Lagos, ou no pitoresco Ferragudo, bem pertinho de Portimão.

Se montar base na parte central e vai ter carro, dá para conhecer as atrações mais importantes em 3 ou 4 dias, sem grandes deslocamentos e correria.

No entanto, o ideal seria uns 2 dias a mais para dar tempo de curtir as praias e as trilhas litorâneas.

Leia mais aqui no blog | Como visitar o Algar de Benagil

Extremidade oeste entre Faro e Cacela Velha

Trecho menos conhecido e badalado, onde as praias são muito amplas, às vezes com dunas. As cidadezinhas são bem mais tranquilas, sem grandes resorts.

Considerada a distância até a parte central, acho que uma esticada até Tavira (muito bonita, por sinal) e a premiada praia de Cacela Velha, fica proibitiva para quem vai ficar menos de 4-5 dias. Talvez esse trecho seja mais indicado para quem já conhece as praias de Lagos e de Carvoeiro ou ficar uma semana.

Extremidade leste entre a Ponta da Piedade e Sagres

Também pouco turístico mas com praias muito bonitas como a Praia da Mareta, a Praia do Martinhal e a Praia da Luz. Ali ficam também Sagres e o Cabo de São Vicente, nossos velhos conhecidos dos livros de história, que merecem um pit-stop para curtir “aquele” pôr do sol cinematográfico sentado no extremo sudoeste da Europa.

Vale a pena montar base por ali? Depende. Só se você incluiu no seu roteiro a Costa Vicentina, o trecho atlântico do Algarve. Caso contrário, vale o que foi dito acima. É melhor ficar na parte central e programar um bate-volta até Sagres e arredores.

Lagos Algarve

A pitoresca Lagos


#4 Explore a Costa Vicentina

A Costa Vicentina, trecho do belíssimo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, começa em Odeceixe, a 230 km a sul de Lisboa, na fronteira com o Alentejo, e acaba em Burgau.

É o paraíso dos surfistas, onde os povoados branquinhos tem um toque alentejano. O ritmo das cidades, como Aljezur e Vila do Bispo, nada tem a ver como o agito de Albufeira ou Portimão.

A atmosfera é relaxante, bem no estilo slow travel. Eu gostei muito porque achei-a mais autêntica; no entanto, não há falésias e penhascos arrebatadores.

Ou seja, se você quer curtir o filé das atrações do Algarve, então a Costa Vicentina não é a sua praia. Mas poderia ser uma boa pedida para fechar o seu roteiro algarvio, no itinerário de volta até Lisboa.  Nesse caso, programa um desvio até a maravilhosa Praia da Bordeira.

Leia mais aqui no blog | As praias da Costa Vicentina

costa vicentina

Costa Vicentina: praia da Bordeira


#5 Alugue um carro e faça passeios de barco

No Algarve a melhor opção é o carro, principalmente se o seu roteiro é tipo maratona. Se em 2 dois você quer ver “tudo e mais alguma coisa”, tem que ser de carro mesmo.

No Algarve tem transporte público entre as cidades mais importantes mas o serviço é carente entre as praias.

De carro, você pode visitar as praias com mais liberdade e ficar o tempo necessário.


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